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Mensagem por cebola Sáb Jan 31, 2009 10:56 am

Vou iniciar aqui um tópico de como vc poderá montar seu modelo sem anestesia e de forma fácil e racional.
Sei lá se ainda sei postar fotos, mas na medida tentarei coloca-las.

Quase sempre a turma quando vê meus modelos fica boquiaberta, achando se tratar de coisa complicada ou impossível de fazer.

É quase sempre mito!

Meus modelos partem do princípio de serem simples, e construídos na cabeça antes de de fato irem para uma bancada.

Mas...vamos pela órdem.

Primeiro a planta, note que sem planta vc não irá a lugar nenhum.
Vc pode até fazer sua própria planta, mas isto demanda em saber desenhar, ter uma boa noção de construção, e porque não bastante teoria sobre estrutura, aerodinâmica, motores, baterias e montes de tecos que não se nasce sabendo.

Claro que vc não tem culpa por não fazer suas próprias plantas, afinal muitas vezes vc está iniciando, e mesmo sendo iniciado, não tem obrigação de saber conceber coisas que em muito fogem do dia a dia da vida.

Neste caso, iniciar por um modelo já existente ajuda muito. plantas existem de monte na internet, e vc poderá capturar alguma de acordo com seu brieff e mandar plotar, sem maiores dificuldades.

Por principio, gosto de modelos de balsa. Verdade que isto não desmerece outros materiais como isopor ou depron.

Entretanto, como manjo um pouco de balsa, falarei deste tipo de construção por aqui.

Primeiro caso, a escolha da balsa; antes a compra da balsa.

No Brasil existe uma espécie de mentalidade predatória com relação ao preço das coisas.
Não raro uma chapa de balsa de 1,5mm chega a custar aqui uns R$ 9,00.
Caríssima em se considerando que na Tower Hobby, vc paga US$ 1,10 pela mesma coisa. Verdade que existe alfandega, impostos e frete, mas mesmo assim, uma chapa comprada pelo correio de lá, custa menos de metade, das de aqui.

Uma vez com as chapas na mão, eu primeiro peso e catalógo todas, as chapas variam 50% de peso e resistencia. Ter chapas similares ajuda muito.
A segunda tarefa é lixar todas, isto eu faço com uma lixa #220, colada sobre um pedaço de isopor duro.
Sempre lixo todas para aliza-las, e também para compatibilizar chapas similares.

Para guarda-las, uso uma caixa de papelão , onde as chapas possam ficar na horizontal, em lugar seco e longe de umidade.

Dicas:
Se as chapas pegarem umidade ( e pegam pois são higroscópicas), basta colocar o monte fora da oficina na sombra e deixar um dia.
Se as chapas empenarem (normal para as mais finas), basta pulverizar com alcool e deixar secar com um peso sobre .

Ainda sobre a balsa, existem chapas leves e duras, pesada e moles, leves e moles, e pesadas e duras. existem chapas com variação de densidade na mesma chapa, mole e podre de um lado e duríssima de outro.

Não esqueça que todas tem sua utilidade, nada se joga fora.

A título de curiosidade, normalmente uso chapas de 3:32 para nervuras.Independente do modelo.
Na escolha das chapas uso as mais pesadas para as nervuras próximas a fuselagem e as mais leves para as pontas.

O corte das peças.

Em se tratando de nervuras, ou faço um gabarito baseado numa cópia que obtenho no Profili, ou mando o arquivo para o Fabrício para cortar a laser.
Aí depende muito da preguiça e do modelo, como o Fabrício fica longe de casa, quando vou para o lado dele já apronto os arquivos e ele corta.

Mas, quando estou meio na preguiça, corto eu mesmo. Ai algumas dicas:

-Plote as nervuras em papel sulfite-

Opção 1- Cole o sulfite usando aquela cola Prit na balsa (ela descola fácil) e com uma faquinha Xacto nova (sempre lamina nova e afiada), vá cortando uma a uma.
Retire o sulfite e junte as nervuras dando uma lixada leve, mais para igualar tudo.

opção 2-Cole o printer de sulfite num papelão tipo cartão, corte os moldes guiado pelo printer, e aplique CA no verso. sempre lixe bem o molde respeitando o risco do sulfites para não altera o perfil.
Espete alfines no cartão e reforce com CA.
Este cartão template, será o guia de corte da chapa e balsa, assim sempre com uma lamina Xacto nova, vá cortando uma a uma.

Galhos

Muitas vezes devido a escolha da balsa vc se depara com uma chapa muito dura, ou com veios de diferente dureza e o corte fica dificultado.
Neste caso passar o estilete várias vezes, sempre mantendo-o na vertical e sempre com pouca força até seccionar a balsa.

Note que o estilete deve ser usado com pouca pressão sobre as chapas de balsa e sempre perpendicular as chapas.

Outro galho comum, é cortar os encaixes da longarinas. como critério, este encaixe deve ser cortado na medida da longarina,se cortar maior a cola não agirá corretamente e se cortar menor, a longarina esmagará a balsa, fazendo um buraco, ou deformando a nervura.

Eu sempre colo um pedaço de lixa numa vareta de medida um pouco menor e ajusto os cortes de acordo com as medidas.

Depois de todas as nervuras cortadas, lixo todas com lixa #240, mais para alizar, uma vez que depois da asa montada fica muito complicado dar qualquer acabamento.

continua
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Mensagem por cebola Sáb Jan 31, 2009 10:57 am

Bordo de fuga

Quase sempre aí pega um pouco.

Por princípio, nunca faço bordo de fuga menor que espessura de 3:16, e tampouco afino abaixo de 0,8mm ( tem muita gente que gosta de levar a balsa até zero), entretanto acho que apenas enfraquecerá a balsa e ou complicará na hora da entelagem.

Com a chapa na largura do bordo de fuga, dou o shape com uma plaina (destas de aeromodelo), e o acabamento com lixa iniciando com #80, #120 e acabamento com #240.

Use sempre balsa dura no BF, balsa mole vai provocar empenamentos e torções.

Bordo de ataque

Também uma coisa meio chatinha, mas não impossível.

Escolha da balsa, por via da dúvidas gosto de balsa de média dureza (nunca macia ou muito dura), o legal é comprar vareta na medida, mas como quase sempre isto não é possível, custumofazer o BA com tirinhas
de 3:32, coladas como laminado (so CA fino para tal).
Esta técnica se adapta bem em asa elipticas, onde o Ba deve fazer um arco.

No profili, vc poderá obter templates do BA, como os moldes das nervuras, colo em cartão, e corto, para plainar o BA de acordo com o perfil.

Coisa importantíssima

O shape do BA é o que define o escoamento do ar numa asa, quanto mais ele estiver próximo ao design original do perfíl, melhos será o rendimento da asa.

Bom, agora montando a asa

Um detalhe importante, a longarina.
Como a maioria de meus modelos são elétricos ou planadores, por via de regra uso Spruce nas longarinas.
Vc pode comprar varetas no De Santi, Aerobrás, ou mandar vir da Tower Hobby's, as longarinas da midwest são as melhores.

Sempre uso a planta como guia, e sobre ela um bom filme plástico tipo verso de Monokote, ou mesmo mylar.

A mesa deve ser sempre plana, e aí vc tem várias opções.

Bancada de MDF, uma chapa grossa de MDF de 2 cms dá bem conta do recado. Se for para modelos leves, uma boa dica é revestir a bancada com balsa de 1:8, facilita para espetar alfinetes.

Note que vc deve ter uma bancada de montagem, algo como 1 metro e largura de 30 cms, e outra de corte, menor com uns 40cms e lagura de 20 cmas. esta última pode ser revestida com material emborrachado, para não estragar a ponta do estilete.

Com a planta revestida com plástico, inicio pela fixação do BF, e aí tem uma dica: faça com que as nervuras fiquem levemente maiores que a espessura do BF, algo como 3 décimos de mm, isto facilitará a montagem e o acabamento.

Sempre coloco uma nervura no BF e com ela posiciono o BA, a cada quatro nervuras coloco uma peça e prendo o BA.

Com tudo alinhado, coloco todas as nervuras, sempre em esquadro com a mesa e sempre tomado cuidado de encosta-las na bancada de montagem.

Em estando tudo direitinho, pingo sobre cada junção uma micro gota de Ca fino (note que uma boa é colocar encaixado na ponta do tubo, uma agulha destas de injeção, para obter a micro gota, se entupir basta aquecer com um esqueiro).

Com todos os componentes presos, aí eu coloco a longarina superiora.

Removo a asa da mesa e coloco a longarina inferiora.

Bom, sua asa está montada e ponteada, agora se for o caso é hora dos webbings (gavetinhas verticais de reforço da asa).

Sem muito mistério, corto as chapinhas pouco abaixo da altura do perfíl e com Ca rápido vou instalando uma a uma.

A ponta da asa

Acabamento da montagem

É normal vc ter superfícies brilhantes no verso da asa, isto se dá por excesso de adesivo, que invariavelmente escorre e seca.

Bom, para toda a operação de lixa eu uso uma #150, naquelas lixadeiras de cedro da aerobrás.

Definitivamente o objetivo é remover calombos, principalmente das nervuras no BF e escultura do BA.

Gritério básico, ter mão leve aí, movimentos circulares comem mais que movimentos lineares.

Vá sempre com muita calma e use os gabaritos para ajuste do shape do BA.

Se alguma nervura for atropelada pela lixa e quebrar ou descolar , com muita calma reponha e recole ainda com Ca fino.

As superfícies brilhantes somem com um pouco de lixa e vc terá uma asa quase perfeita, e sem excessos de cola.
Muitas veses a gente dá uma "comida" numa nervura por excesso de lixa, não relute, cole um pedaço de balsa e por aproximação com as outras nervuras vá esculpindo, até ficar tudo homogeneo.

O acabamento final é re-lixar tudo, com grana #240 ou #320.

Reforços de colagem.

Normalmeente o CA fino basta para se ter uma boa colagem, apenas que não tapa buracos, portanto aí também não adere direito.

Uma boa é aplicar uma demão muito fina de cola branca (cascorex), como reforço de colagem de juntas.

Note que o objetivo é ter 100% de superfície colada, e com Ca fino vc consegue no máximo uns 70% e mesmo assim dependendo muito da qualidade de ajuste e tipo de colagem.

No próximo post falarei de fuselagens
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Mensagem por cebola Sáb Jan 31, 2009 10:57 am

Fuselagens

Separando tipos:

Modelos escala
Planadores
Acrobáticos

Modelos escala

Preceito básico: Faça leve

Quase sempre os modelos escala se baseiam numa estrutura varetada tipo gaiola.

A base é construir duas laterias, fechar a gaiola com transversais, colocar os turtle decks, e prever espaço de motores e comandos.

Dependendo do modelo, os frames podem ser em lite ply (quase sempre pesados e fracos), ou a semelhança dos verdadeiros, com cavernas e chapeamento.

A estrutura demanda em poucos problemas para quem faz uma boa asa seguindo as dicas de ai acima.

Fazer estrutura varetada, funciona desde que vc sempre corte todas as transversais em duplicata e exatamente do mesmo tamanho.

Como início, a lateral é montada sobre a planta, e a lateral posteriora sobre a de baixo.

Fundamental que tenham um contorno absolutamente igual, caso contrário a fuselagem poderá ter desalinhamentos congênitos.

A gaiola pode e deve ser montada sobra a planta, nunca desconsiderando varetas transversais, para evitar torções.

Em estando a gaiola simétrica e alinhada, são colocadas as cavernas que definem o formato da fuselagem , se oval ou não e seu acabamento se chapeada ou não.

Verdade que tudo depende do modelo que se vai maquetear.

Aí, tenho que mencionar outras técnicas como o Stefan usou em dois modelos, que tinham fuselagem redonda onde o isopor foi usado com muito sucesso, invalidando a construção em balsa.

Difícil se extender sobre fuselagem de modelo escala, pois o próprio avião paradigma define o tipo de construção.

O sistema de gaiola , torna possível a a maioria das fuselagens, porém outras soluções são adequadas.

Planadores

Bem, aí fico mais a vontade.

Normalmente as fuselagens de planador em chapa de balsa, seguem um roteiro similar.

Chapas de média densidade nas laterais, internamente reforçadas com dobler de compensado, fechamento com chapa macia e eventualmente varetas triangulares internas para propiciar um bom shape final.

Por via de regra o Ca fino é o adesivo adequado para a colagem chapa com chapa longitudinal.

Segredos das fuselagens de planador.

Baixo peso de cauda
Resistencia a torção
Acabamento liso e brilhante
Linhas limpas.

Existem sistemas que dividem a fuselagem em metades (pod & Boom), exceto pela descontinuidade de design e linhas este sistema é legal, pois permite gradar pesos, ou seja na região pós BF algo leve e frontal mais pesada e resistente.

Particularmente gosto dos sistemas de Boom's feitos com chapa de balsa curvada.
Para faze-los uso chapas de 1:16 com 10 cms de largura, molhados com alcool ou amonia, e formados (vergados) sobre um molde.
O taco de bilhar é um bom início, desde que revestido com plástico (aquele finissimo de embalar alimentos).

Para iniciar, vc obtem os perímetros das duas pontas (os tacos são cônicos).

A chapa é cortada de forma trapezoidal e com uma lateral chanfrada em forma de bizel.

Com a balsa bem molhada e com veios paralelos(importante), vc inicia vergando a ponta mais larga sobre o taco.

Uma vez obtido o contorno, vou fechando com aneis de fita crepe, note que a fita não adere sobre balsa úmida, de formas que os aneis devem passar e aderiar crepe sobre crepe.
Tenho notado que o espaçamento de dez centímetros entre aneis de fita é suficiente para fechar a fuselagem.

Se ficar torcida, basta vc distorcer de formas a que a emenda fique paralela ao centro do taco.

Importante é vc deixar secar totalmente a chapa, e aí ir aplicando CA de formas a soldar a emenda.

Se a fuselagem nesta parte não conformar a forma do taco, basta vc puxar a capa de balsa na direção mais grossa do taco que a mesma ficará perfeitamente redonda(isto deve ser feito antes da colagem).

Uma vez colada , e sem remove-la do taco, vc deve lixa-la, mormente na emenda para assegurar que fique redonda (e lisa).

Dependendo do modelo, faço até tres capas de balsa uma sobre a outra, sempre protegendo a de baixo com plástico de cozinha.

Na montagem final,eu coloco a primeira camada no molde, aplico resina 5052 epoxi e a segunda camada , enfiada contra o cone e dou pressão (bato o taco no chão na parte mais grossa de formas a que a capa entre com bastante pressão).

Aí vale deixar curar alguns dias e aplicar a finishing resin com manta 25gr:m2 no tubo e manter no molde para evitar empenamentos.

O Pod ou parte dianteira, pode ser feita com balsa e lipe ply, cortada em chanfro de 1:5, assim como o Boom e coladas de topo.

O desbaste da frente é de acordo com o formato do Boom e o acabamento com lixa #80, #150 e #320.

O reforço da junção pod & bomm, é feita com várias laminações de manta fina e resina numa única operação.

Normalmente uma fuselagem deste tipo, pesa algo como 90 gramas para 1,20m de comprimento e o Boom, ao redor de 30 gramas.
Se prestam para plandores acima de 2,00ms ou moto planadores F5J tipo 400.

Modelos acrobáticos

Também falando daquilo que conheço, a construção em balsa para modelos FunFLy e F3A, segue as seguintes linhas:

Leveza
Resistencia
Linhas limpas

O frame ou gaiola é feito em varetas de balsa, sejam sobre cavername, ou mesmo gaiolas.

É importante que estas varetas sejam de balsa muito dura, pois os esforços solicitantes são grandes.

Por princípio, faço sempre as junções com reforços triangulares de compensado 1:64 tipo plywood, para evitar colagens de topo.

Tomando como exemplo o Cambalhota ou o Pfalz Stick, as varetas e chapas são de 3:16.
Normalmente suas fuselagens tem seu peso ao redor de 120 a 180 gramas, leves em se considerando os motores de razoável potencia.

Como curiosidade, sempre usei o CA médio e fino nestes modelos inclusive nas cavernas de fogo, e nunca tive nenhum incidente ou pane de colagem neles.

Nas regiões de trem de pouso, sempre coloco um dobler interno de 1:8 de lite ply, assim como nas fixações de asa e grupo de cauda

Uma boa dica é além das cavernas, fazer a mesa dos servos e no momento do fechamento usa-los como gabaritagem do conjunto.

Normalmente a caverna B (BA da as), C (Bf da asa)e mesa dos servos são as primeiras que posiciono e colo.

O final da fuselagem na cauda e a caverna de fogo, sempre as coloco usando a planta na visão superiora, como gabarito.

Depois falarei sobre a cauda

Grupo de cauda

Bom, aí acho que fica o segredo de voar bem ou mal.

A coisa toda se resume em "faça leve".

Tendo como base um lay out de empenagem convencional, e sem discutir a vantagem ou desvantagem de outros lay out's, em TODOS os meus modelos a cauda é sempre construida, ou seja varetas travessas com ou sem perfil, mas sempre construida.

Em muitos modelos cheguei a fazer até três estabilizadores, para usar apenas um.

Dicas e segredos

Estabilizador, longarinas de balsa leve e firme, travessas de balsa leve e não tão firme.
Profundor, o mais leve possível, porém resistente a torsão.
Por via de regra exceto em modelos de pequeno porte eu uso balsa de 3:16 ou 1:4, que corto em varetas.
Lay out ou disposição independem, porém a colagem das junções e encontros deve ter 100% de qualidade de colagem.

Alguns truques que julgo úteis.

No BA do estabilizador usar uma balsa bem dura ou spruce leve faz efeito de longarina, e mantém uma boa resistencia no conjunto.
Já no BFdo estabilizador e BA do profundor, uma vareta média numa peça única, permite que vc faça os slots das dobradiças, que uma vêz separados, assegura alinhamento na altura.

O Bf do profundor , eu goste de uma vareta de spruce fina, para dar o shape de perfil.

Nunca esquecer a ancoragem dos horns, e sua posição em relação as dobradiças.

Deriva e leme de direção

Na deriva é recomendável balsa dura seja no BF da deriva como no BA do leme, assim como no estabilizador e profundor, esta vareta deve ser uma única, que após a furação dos slots de dobradiça, venha a ser dividida.

O Ba da deriva, tem mais função de carenagem, e o BF do leme, como mantenedor e perfil, entretanto as travessas do Leme devem ser resistentes uma vez que boa parte do arrasto, advém deste.

Como parametro, num modelo elétrico tipo 400bL, seja ele planador ou avião, um peso a ser seguido caminha na ordem de 25 até trinta gramas para tudo.

Nunca esquecer da plataforma de colagem do estabilizador, bem como do slot para o Bf da deriva que devem estar alinhados, perpendiculares e ou paralelos a asa e em esquadro com a planta (vista por cima)do modelo.

Acabamento da construção

Definição: acabamento como o nome díz é o que acaba.

De nada adianta vc fazer passos esmerados e na finalização permitir calombos, cantos, asperezas, restos de cola. Enfim, tudo o que não faça justiça ao seu trabalho.

Algums coisas que podem ajudar a detectar defeitos corrigíveis.

Luz rasante- se vc colocar um lápis na frente do Ba de sua asa, e uma lanterna atrás do lápis, poderá pelo desenho da sobra verificar se os shapes estão corretos.

Uma lanterna colocada na altura de uma superficie, pode facilmente mostra calombos, depressões ou irregularidades.

Restos de cola devem ser removidos, bem como longarinas salientes lixadas, bem como nervuras.

Normalmente os encontros problemáticos se dão entre os BF e nervuras, longarinas e nervuras, Ba e nervuras, vale para asa e cauda.

Manutenção do perfil

Bem....depois de tanto trabalho vc não ficará contente em saber que do perfil da asa original, sobraram algumas diferenças.

O que estraga tudo e o que não:

Conformação do BA, fácil de arrumar, pode azarar de vez seu modelo.

Falso turbulador-longarina alta, esta azara mesmo. Na minha opinião é caso de lixa e mais lixa.

BF empenado, arco- as vezes a entelagem resolve, não é caso de pânico, mas com amonia e forçando ao contrário as vezes volta.

BF alto- (acima da nervura)caso comum. Dá uma porcariada danada na entelagem, solução lixa e mais lixa.

Asa empenada, se não for "D box" a entelagem trás de volta, se for, amonia e muita reza, se a reza não bastar remova o chapeado de uma face e faça de novo (dá montes de galhos em Vôo)

Uma asa mais pesada que a outra-Pela minha experiencia...esqueça se for pouca diferença, se for muita coloque lastro na mais leve.

na continuação entelagem


Entelagem e acabamento

Regra geral, fez porcaria não esconda mostre.
Explicando:Muitas vezes a gente cola uma nervura torta, ou fica um baita vão entre uma vareta e uma travessa. As vezes a construção acabou não saido legal mesmo. E...fazer o que?

jogar tudo fora, nunca!

Uma boa dica é vc entelar com Oracover ou Monokote transparente, aliás quanto maior a besteita mais transparente o material.

Desníveis, calombos somem, quando vc entela com material tipo crear (vidro), aí nada que um bonito adesivo não resolva e de quebra seu modelo ainda arranque suspiros no campo.

Note que papel japones, seda, polyspan, o plásticos transparentes perdoam tudo.

Já um belo vermelho fechado ou branco, são "entregadores de defeitos" telegrafam tudo. Mesmo modelos extremamente bem construídos, são literalmente esculhambados com entelagens que se pretendem atraentes.

Bom, taí

Qq. coisa me falem e na primeira oportunidade eu coloco algumas fotos.


gostaria de suas opiniões


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Mensagem por imperador Seg Mar 23, 2009 2:58 pm

Grande Cebola, isto é que chamo de super aula...se tivesse fotos já era um livro editado Shocked

Ótima matéria

Abraços
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